Formação de Professores em Educação Sexual na Gago Coutinho

Durante o 1º período decorreu na nossa escola, um Curso de Formação para professores, cofinanciado pela DGIDC.  Esta formação teve como objetivo a compreensão e reflexão sobre aspetos básicos da Educação Sexual. Neste contexto, a formação visou a preparação dos docentes, independentemente da disciplina ou grau de ensino que lecionam, para a implementação do programa de Educação Sexual na escola e/ou turma.
A fundamentação da necessidade e importância desta formação centrou-se em dois grandes vetores. Em primeiro lugar, a educação Sexual é uma componente essencial do processo educativo global. Assim, tem como objetivo principal contribuir para a aquisição de competências por parte dos jovens, no sentido de agirem autonomamente, assumindo opções conscientes e responsáveis nos diferentes contextos da sua vida. Pressupõe-se que só assim os jovens poderão manifestar respeito por si próprios e pelos outros, estabelecendo um relacionamento positivo com quem interagem. Em segundo lugar, acresce ainda o facto que a Assembleia da República fez aprovar em 2009, através da Lei n.º 60/2009, de 6 de agosto, um conjunto de princípios e regras, em matéria de educação sexual, prevendo, desde logo, a organização funcional da educação sexual nas escolas. Neste contexto, consagram-se as bases gerais do regime de aplicação da educação sexual em meio escolar, conferindo -lhe o estatuto e obrigatoriedade, e que com a Portaria 196-A de 9 de abril de 2010 procedeu-se à sua regulamentação.
Neste Curso de Formação, as formadoras Isabel Henriques e Marisa Cortez Lucas, procuraram demonstrar que não é necessário ser-se especialista para poder abordar as questões relacionadas com a saúde sexual e reprodutiva. Para além da necessária preparação científica ou formação, amplamente divulgada e existente em diversos contextos, um professor pode seguramente participar nos projetos de educação sexual. Parte-se do princípio que um professor com alguma criatividade e que esteja preparado para usar nas suas aulas metodologias ativas, consegue estimular os alunos para hábitos de reflexão sobre os seus próprios comportamentos, os comportamentos dos outros e a realidade que os envolve. Conseguirá também fomentar a entreajuda e o respeito mútuo, promovendo por um lado a autoestima e por outro a solidariedade e a tolerância. Em suma: poderá contribuir para a criação de competências em que os jovens se sintam responsáveis e felizes, educando para a afetividade e para uma vivência gratificante da sexualidade.
Formandos e formadoras, foram unânimes em referir que a formação atingiu todos os objetivos propostos, assim como permitiu enriquecer e consolidar conhecimentos e competências essenciais para todos.
Isabel Henriques e Marisa Cortez Lucas
 



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